A Terapia Cognitivo Comportamental parte do princípio básico de que as cognições, ou seja, o modo como o sujeito interpreta os eventos, determina como ele sente e se comporta.
SITUAÇÃO ➔ PENSAMENTO ➔ EMOÇÃO ➔ COMPORTAMENTO
A Terapia Cognitivo Comportamental parte do princípio básico de que as cognições, ou seja, o modo como o sujeito interpreta os eventos, determina como ele sente e se comporta.
SITUAÇÃO ➔ PENSAMENTO ➔ EMOÇÃO ➔ COMPORTAMENTO
CRENÇAS
A forma como um indivíduo enxerga os eventos está associado as suas crenças as quais vem à tona em forma de pensamentos, compreenda cada um desses níveis de cognição:
CRENÇAS NUCLEARES ➔ CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS ➔ PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS (PAS)➔ ESQUEMAS
Produzir mudanças no pensamento e no sistema de crenças do paciente, com o propósito de promover mudanças duradouras.
CRENÇAS NUCLEARES (CENTRAIS)
São formadas desde a infância, se solidificam e se fortalecem ao longo da vida.
Elas são o nível cognitivo mais profundo, consiste em ideias globais, absolutistas e rígidas.
Podem ser sobre a pessoa, os outros ou o mundo o que forma a chamada tríade cognitiva.
As crenças nucleares são ideias enraizadas e cristalizadas as quais moldam o jeito de ser e agir das pessoas.
DIVISÃO DAS CRENÇAS NUCLEARES (CENTRAIS)
Desamor: Sentimentos de que será rejeitado (sou indesejável, feio, diferente, abandonado, defeituoso, não sou amado, não sou bom o suficiente para ser amado etc.)
Desamparo: Sentimentos relacionados a incompetência (sou incapaz, inadequado, fraco, inferior, fracasso, vulnerável etc.)
Desvalor: Sentimentos de não ter valor (sou sem valor, inaceitável, louco, derrotado, mau, não mereço viver etc.)
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
Conjunto de regras, atitudes ou suposições.
Podem ser mais facilmente identificadas através de afirmações do tipo "se..." "então..." ou "deveria...".
Elas norteiam os comportamentos do sujeito, são muito imperativas e estão diretamente ligadas as crenças centrais.
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS (PAS)
Consistem no nível mais superficial dos pensamentos. Diante das situações, eles aparecem rápida e espontaneamente.
Os PAS podem ser positivos ou negativos. Eles são aceitos como verdadeiros, o indivíduo, normalmente, não questiona sua veracidade.
DISTORÇÕES COGNITIVAS
PESONALIZAÇÃO
Nessa distorção, a pessoa tende a atribuir culpa a si mesma nas mais diversas situações que vive. É comum que quem está nessa condição peça desculpas constantemente, ainda que não tenha toda a responsabilidade ou que o fato não seja diretamente com ela.
FILTRO MENTAL
Nessa outra distorção cognitiva, há uma visão predominantemente negativa sobre a vida. A pessoa foca nos acontecimentos ruins e ignora o que existe de positivo.
GENERALIZAÇÃO
Esse tipo trata de um estereótipo de pensamento que transforma um caso específico em uma regra para a vida. Diante de um acontecimento difícil, a pessoa com essa distorção generaliza a realidade e passa a acreditar que ela é uma verdade absoluta.
MAXIMIZAÇÃO E MINIMIZAÇÃO
Nesses casos, acontece de alguém minimizar suas conquistas ou aspectos positivos e maximizar os erros e as coisas negativas que acontecem. Assim, a pessoa dá grande importância às suas falhas e as considera de sua total responsabilidade, enquanto as realizações são desconsideradas e tratadas como obra da sorte ou fruto da ajuda de outros.
PENSAMENTO DICOTÔMICO POLARIZADO
Todas as situações que vivemos têm várias maneiras de serem interpretadas e vários caminhos a seguir. Mas isso não acontece quando essa distorção cognitiva atua. Nesse caso, a pessoa enxerga a vida somente a partir de duas ideias polarizadas "tudo ou nada", “oito ou oitenta” é um padrão de pensamento inflexível.
RECIOCÍNIO EMOCIONAL
Quem sofre com essa distorção do pensamento transforma suas emoções em fatos sobre a vida.
LEITURA DE MENTE
Nessa distorção o ponto está em achar que sabe o que os outros estão pensando. Então, sem qualquer dado concreto ou evidência, a pessoa infere o que alguém pensa ou sente a respeito dela.
CATASTROFIZAÇÃO
Esse é um dos tipos de distorções cognitivas que mais causam sofrimento emocional, as pessoas com esse padrão estão frequentemente esperando o pior de cada situação que vivem. O nível de ansiedade de quem apresenta esses pensamentos é muito alto.
CONCLUSÕES PRECIPITADAS
Também denominadas como premonição, adivinhação ou predição de futuro, essas distorções cognitivas causam ideias infundadas sobre os acontecimentos que estão por vir. Elas estão presentes quando chegamos a determinadas conclusões irracionais sobre nós mesmos ou em relação a como as outras pessoas vão agir.
AFIRMAÇÃO DO TIPO "DEVERIA" E "TENHO QUE"
Nesse tipo de distorção cognitiva, a pessoa tem uma forte autocobrança e não consegue aceitar as coisas simplesmente como são. Assim, permanece o pensamento inflexível de como deveria ser o seu próprio comportamento e o dos outros. Esse padrão mental também está relacionado a questões como baixa autoestima, expectativas irreais e intolerância à frustração.
ROTULAÇÃO
Com o pensamento da rotulação, o foco não está na atitude isolada e sim no papel assumido. Dessa forma, em vez de avaliarmos um erro, próprio ou dos outros, como algo eventual e aceitável, partimos para a definição de rótulos pejorativos.
ATRIBUIÇÃO DE CULPA
Se na personalização a pessoa tende a se culpar por tudo o que acontece ao seu redor, na atribuição de culpa ocorre justamente o contrário. Nesse caso, a tendência é procurar por culpados externos e considerar as próprias falhas como responsabilidade dos outros. De modo claro, quem sustenta esse tipo de pensamento se sente vítima das circunstâncias e, portanto, não se orienta para mudança.
COMPARAÇÕES INJUSTAS
Essa distorção cognitiva faz com que a pessoa faça comparações irreais entre sua vida e as conquistas alheias sem avaliar os caminhos que foram trilhados para chegar a tal ponto. Isso causa um sentimento de inferioridade e insatisfação com os próprios resultados.
CONCEITUAÇÃO COGNITIVA DO CASO
DADOS RELEVANTES DA INFÂNCIA ➔ CRENÇAS NUCLEARES ➔ ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS
PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS
Monitorar e identificar pensamentos automáticos.
Reconhecer as relações entre cognição, afeto e comportamento.
Testar a validade de pensamentos automáticos e crenças nucleares.
Corrigir conceitualizações tendenciosas, substituindo pensamentos distorcidos por cognições mais realistas.
Identificar e alterar crenças, pressupostos ou esquemas subjacentes a padrões disfuncionais de pensamento.
ETAPAS DO ACOMPANHAMENTO
Entrevista de Anamnese
Avaliação Psicológica
Plano de Intervenção
Análise e Seguimento
Feedback e Encerramento
IMPORTANTE SABER
A psicopatologia é considerada o resultado de crenças excessivamente disfuncionais e de pensamentos demasiadamente distorcidos que, em atividade, influenciam o humor e o comportamento do indivíduo, enviesando sua percepção da realidade.
Se as emoções não forem trabalhadas, o tratamento cognitivo pode tornar-se apenas uma troca intelectual, o que não teria sentido terapêutico.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Colaboração e a participação ativa.
Desenvolvimento contínuo dos problemas dos pacientes.
Enfatiza inicialmente o presente. A atenção volta-se para o passado quando o terapeuta julga ser importante entender como e quando as ideias disfuncionais se originaram e como elas afetam o paciente hoje.
É psicoeducativa, tem como objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída. Ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos, crenças disfuncionais e distorções cognitivas.
Duração pré-determinada do acompanhamento, podendo se estender de acordo com a demanda do paciente.